segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MUNDO SURREAL VI: réu agride advogados e perde direito de ter um defensor.

Caros,
sim, sei que faz tempo que não atualizo o BLOG e isso se dá por uma série de razões e motivos que não cabe aqui elencá-los, mas a principal delas chama-se prioridade! Então, me desculpem, rs!
Enfim, voltando as postagens, trago aqui uma notícia que relata a decisão de um tribunal norte-americano que, literalmente, proibe o réu de ter um Advogado. Isso é SURREAL em qualquer lugar do planeta terra, máxime em terras americanas onde o louvor pela "carta" de George Washington é sempre levantada como uma bíblia para expurgar o lúcifer que estiver à frente. Como se não bastasse, as práticas religiosas-inquisitivas foram levadas à cabo ao deixar o réu "atado a uma cadeira por algemas elétricas que provocam atordoamento" durante a audiência. Isso é SURREAL porque qualquer pessoa racional ou emotiva não é capaz de acreditar numa barbárie como essa. Leiam, com seus próprios olhos, o crime pelo qual o réu ficou sem defesa. Imaginem nos demais...

Prof. Matzenbacher


Réu agride advogados e perde direito de ter um defensor

Por João Ozorio de Melo

Depois de atacar três de seus advogados de defesa com lápis e canetas, em julgamento diferentes, o réu Joshua Monson, 28 anos, perdeu seu direito a um advogado de defesa. A decisão foi do juiz David Kurtz do tribunal do condado de Snohomish, no estado de Washington, de acordo com informações do Herald.net e do The Inquisitr.

O réu, que teve de fazer sua própria defesa atado a uma cadeira por algemas elétricas que provocam atordoamento, foi condenado por posse de drogas metanfetamina, um medicamento estimulante do sistema nervoso central muito potente e altamente viciante, segundo a Wikipédia.

Nenhum dos advogados foi seriamente ferido. Nas duas primeiras audiências, a menos de uma semana uma da outra, Monson atacou dois advogados diferentes com lápis que roubou de outros presos na cadeia, contam as publicações.

Na última audiência, ele foi devidamente revistado e não entrou no julgamento com qualquer lápis. Mas ele pegou a caneta do advogado Jesse Cantor e o feriu na testa, enquanto o promotor fazia suas declarações iniciais. Policiais no tribunal pularam em cima dele, o dominaram e, com instruções do juiz, o ataram na cadeira. O juiz também instruiu os jurados a ignorarem o acidente, bem como a ausência de um advogado defesa no julgamento.

Um defensor público se sentou a uma certa distância de Monson para esclarecer possíveis dúvidas jurídicas que ele tivesse. Ao final do julgamento, o réu não teve permissão para assinar documentos judiciais com caneta ou lápis.

Monson deverá voltar ao mesmo tribunal para responder por acusações de assassinato, de segundo grau. E, em outra oportunidade, para responder por acusações de agressão, de quarto grau, contra seus próprios advogados.


Fonte:

João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

Revista Consultor Jurídico, 7 de novembro de 2011