Dado obtido pelo G1 mostra queda dos 12 mil grampos existentes em 2008.
Número mostra que 'grampolândia não existe', diz corregedor Gilson Dipp.
O corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp. (Foto: Divulgação/CNJ)
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que cerca de 7,5 mil linhas telefônicas estão grampeadas no Brasil com autorização da Justiça. Uma redução das 12 mil linhas registradas em outubro do ano passado.
Em setembro de 2008, o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, editou resolução obrigando tribunais estaduais e federais a informar mensalmente o número de procedimentos autorizados pelos juízes e a quantidade de linhas monitoradas em todo o país.
Para ele, a Resolução 59 é responsável pela diminuição no número de grampos, dando "confiabilidade ao Judiciário" e produzindo um maior "comedimento" por parte da Polícia Federal e do Ministério Público no uso das escutas como ferramenta de investigação. "E os juízes também passaram a ter maior controle sobre as autorizaçãos concedidas", diz Dipp.
"Os dados revelam que a grampolândia nunca existiu. Em um país de dimensões continentais, esse dado não é nenhum exageiro", avalia Dipp.
Em novembro do ano passado, Dipp divulgou levantamento mostrando que o país tinha 12 mil linhas grampeadas no mês anterior. Os números foram revelados para contestar a informação repassada a CPI dos Grampos segundo a qual o país tinha 400 mil interceptações telefônicas.