segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Lançamento de Obra - TIMM



Caros,
o mestre RICARDO TIMM, com quem tive a oportunidade de ter aulas no mestrado em Ciências Criminais na PUCRS, lança seu 20o. livro solo. 100% recomendado!
Abraço,

Prof. Matzenbacher 


Apresentação (por Paulo César Carbonari)
O livro Adorno & Kafka: paradoxos do singular, do professor Ricardo Timm de Souza leva adiante a tradição de diálogo da filosofia com a literatura. Ao tomar Kafka como interlocutor de Adorno, apresenta questões que o subtítulo da obra resume enfaticamente. Não me atrevo a comentar o belíssimo material que a Editora IFIBE faz chegar às mãos dos leitores e das leitoras. Fico apenas em algumas considerações que pretendem não mais do que expressar gratidão ao autor por confiar sua vigésima obra solo ao nosso trabalho editorial. O professor Timm é conhecido pela ousadia das reflexões que propõe, visto que tocam o extremo da realidade e esticam audaciosamente os limites da racionalidade. Seus escritos desacomodam as racionalidades prontas e desafiam os lugares-comuns do pensamento e da prática. Mais do que instigar a conhecer o legado da tradição, provoca para que a tradição – seja literária ou filosófica – sirva de subsídio para recolher sentidos que os interstícios do mundo põem àqueles e aquelas que insistem em não sucumbir ao dado, simplesmente. Serve de inspiração para todos quantos querem fazer da filosofia uma atividade e uma atitude, mais do que um protocolo. Os textos reunidos nesta obra fazem com que a emergência dos paradoxos do singular desafie os universalismos paradoxais. Contra posturas que tomam estes últimos por vestais da unidade e da coerência e aqueles por insignificantes ou desprezíveis indica que nem uns e nem outros são aceitáveis. Os escritos fazem com que a racionalidade não se acomode ao que a massificação recomenda: o silêncio e o descompromisso, tanto sobre o singular quanto sobre o universal. Servem de antídoto ao cinismo que professa a falência de toda crítica e também fazem uma terapia da crítica que só parece hipocritamente crítica, mas que rigorosamente não é. Por isso, é um convite a desacomodar-se e a fazer da filosofia um exercício de construção da reflexão comprometida com a radicalidade, que imerge nas contradições e, acima de tudo, propõe construir possibilidades que estejam a serviço da mobilização da pluralidade que abre para que as singularidades sejam, apareçam e se manifestem.